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Entrevista São Paulo, 5 de setembro de 2017
ENTREVISTA - Patrícia Cavicchioli, de Americana: "Os verdadeiros representantes do Estado permanecem"

Estamos falando de uma mulher guerreira, bem articulada e que luta de forma árdua pelo Servidor de Americana

No quadro de entrevistas semanal, nossa equipe divulga o bate-papo exclusivo com uma sindicalista
da cidade de Americana. Servidora municipal há mais de 27 anos, ela é secretária-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Americana (SSPMA). Patrícia Oliveira Cavicchioli é concursada como Professora de Ensino Básico (PEB) e hoje atua também como Diretora de Escola infantil.

Patrícia é casada com Reinaldo, com quem tem um filho de 17 anos, o Vinicius. Com uma vida profissional totalmente voltada para a Educação e para o funcionalismo da sua cidade, a dirigente concilia o trabalho com a vida familiar. Nossa equipe de comunicação teve uma conversa bem construtiva sobre a carreira da companheira e você confere tudo na entrevista abaixo.

Veja abaixo nossa conversa com a companheira de Americana:

Patrícia Oliveira Cavicchioli é secretária-geral
do SSPMA (Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Americana) há mais de seis anos
1) Como é sua relação com a Administração?
Tenho uma relação transparente e de diálogo. Quando não concordo com as atitudes de qualquer que seja o nível hierárquico, exponho o meu ponto de vista, mas também sei escutar a Administração. Fazemos o máximo possível para que as questões sejam resolvidas de forma pacífica. Evitamos ações judiciais, mas quando necessário, são encaminhadas ao Jurídico do Sindicato para que as devidas providências sejam tomadas.

2) Quais profissões você exerceu antes de
entrar para o serviço público municipal?

Comecei a trabalhar ainda muito jovem, pois minha família era bastante humilde e eu precisava ajudar nas despesas de casa. Iniciei minha vida profissional aos 14 anos como balconista em uma pequena loja. Também trabalhei como auxiliar de fisioterapia por muito tempo e logo depois ingressei no ramo administrativo, o qual na hora percebi que não era pra mim. Apesar disso, sempre soube da minha vocação para Pedagogia.

3) O que a motivou a se tornar Servidora?
Quando conclui o Magistério em 1990, abriram novas inscrições para um concurso público na área de PEB. Estudei muito e fui aprovada. Vi na oportunidade uma forma de realizar meu sonho de me tornar Educadora. Continuei a estudar e me tornei coordenadora um ano depois. Em 2003 surgiu uma oportunidade que agarrei com unhas e dentes e me tornei Diretora de Ensino.


Está presente em todas! A companheira não deixa um evento para trás e se envolve com todas as mobilizações!

4) Qual ação que mais marcou você dentro do funcionalismo de Americana?
Foram duas. Com 23 anos de carreira e já atuando como dirigente sindical, sofri um processo administrativo que perdurou-se por um ano. Foi o período mais difícil que passei na vida. Senti na
pele o que é o assédio moral. Tenho uma gratidão enorme pelos colegas de trabalho. Fui defendida juridicamente e jamais foi colocada em dúvida minha inocência nesse processo, do qual fui absolvida. Minha segunda experiência marcante foi como dirigente sindical no ano de 2016, consegui com um grupo de Educadores convencer o prefeito a cancelar uma concorrência terceirizada que contrataria Professores sem concurso. Na época, entregamos um abaixo-assinado dos profissionais da área.

5) Ao assumir, qual foi sua percepção na prática do funcionalismo?
Nos primeiros anos não observei o meio com a atenção necessária, mas com o tempo percebi que em cada gestão a Administração tinha uma realidade. Os novos prefeitos chegam regados de mudanças e muitas não são fáceis de acatar. Nesses anos de prática no serviço público, captei como é difícil para os Servidores vivenciarem gestões que desvalorizam, perseguem e até adoecem a si próprios. Em compensação, também vivenciei gestões que premiaram, motivaram e foram exemplo para outras cidades. Enfim, eles passam e nós, os verdadeiros representantes do Estado, permanecemos.

6) Como se tornou dirigente no Sindicato? Fale desse processo?
Em abril de 2011, passamos por um grande e intenso movimento de greve. Eu participei ativamente
da luta e nesse processo acordei a minha coragem ao ver como a união é poderosa e resolvi
disputar uma vaga em agosto do mesmo ano para recomposição da chapa no Sindicato. Para minha alegria, vencemos. A partir daí, não consegui mais sair do mundo sindical. Comecei a pesquisar e percebi como os trabalhadores brasileiros precisam batalhar constantemente para que o Governo
não os destrua. Atualmente, como personagem operante na diretoria do SSPMA consigo ver como o funcionalismo é extremamente importante, não só para os Servidores, mas para todos os brasileiros.


Para ser dirigente sindical é necessário comprometimento e isso a companheira tem de sobra. É uma guerreira!

7) Como conheceu a Fesspmesp? Você considera importante ter o apoio da Federação?
Conheci através do nosso tesoureiro do SSPMA e também presidente da Federação, Aires Ribeiro,
que sempre colocou o apoio da entidade nas nossas reivindicações e proporcionou oportunidades
de cursos de formação entre outras qualificações para os dirigentes. O suporte da Fesspmesp é fundamental para os avanços do funcionalismo de Americana. Prova disso é o constante incentivo
que recebemos para ir à luta e realizar os nossos futuros projetos, como melhorar ainda mais o
espaço de Área de Lazer dos Servidores, equipar o local para que todos possam usufruir com
maior frequência e tê-lo como um espaço de troca de experiências e também aprendizagens.

8) Como avalia o trabalho do presidente Aires Ribeiro e da Federação?
Quando Aires ainda era líder do SSPMA já vi seu potencial. Lembro-me com clareza de suas visitas nas bases. Ele passava nas escolas para explicar os nossos direitos funcionais. Acompanhei seu envolvimento em batalhas de greve e reivindicações. Todos queriam ouvir suas orientações,
pois seu posicionamento sempre foi claro e nos orientou a ter as melhores atitudes nas dificuldades
recorrentes. Considero Aires um líder nato. Ele tem uma trajetória como sindicalista de dar orgulho,
e é alguém que respeitamos. Adquiri extrema consideração pelo que representa no serviço público.

9) Como você acha que o Brasil pode se erguer diante da atual crise avassaladora?
Como muitos outros países, o Brasil enfrenta grandes desafios. O problema da corrupção não
é exclusivo de uma ou outra entidade, mas de toda a sociedade. Penso que nossa postura de intolerância à corrupção já é um grande avanço. Uma solução que eu considero efetiva e viável é
a unidade da população. Se todos os brasileiros erguerem a cabeça e não permitirem que mais
pessoas desonestas entrem no poder, seja ele Municipal, Estadual ou Federal, teremos uma melhora significativa. Infelizmente, encontramos pelos nossos caminhos muitas pessoas que não se orgulham
da nacionalidade brasileira e por isso não batalham pelo País. Isso tem que mudar!

10) Deixe uma palavra positiva para os Servidores do Estado de São Paulo.
Hoje em dia acabou-se a distância para a troca de conhecimentos. É primordial que estejamos
em sintonia de modo a comungarmos nossas lutas e nos fortalecermos para enfrentar os novos desafios. Não importa o que dizem, pois em minha vivência aprendi que ninguém é sábio o suficiente para viver sozinho, e quem pensa que pode existir na completa individualidade, é tolo. Deixo
aqui uma frase que gosto muito e que já proporcionou horas de reflexão, do querido Paulo Freire:
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão”.

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